As pessoas que passam metade do tempo dormindo à noite correm o risco de interromper o funcionamento normal das células cerebrais, o que inevitavelmente leva ao comprometimento da memória, advertem os pesquisadores americanos.
Uma série de estudos apresentados na conferência anual da Neuroscience Society of Neurology 2012, em Nova Orleans, destacou o importante papel do sono na saúde mental e física de uma pessoa.
Um em cada cinco americanos adultos apresenta sinais de privação crônica do sono, que levam a problemas comuns, como obesidade, doenças cardiovasculares e problemas de memória.
Outras descobertas no campo da pesquisa do sono também foram levadas ao tribunal de cientistas:
- Um estado de sonolência interrompe a atividade coordenada de partes importantes do cérebro. Em pacientes com doença de Alzheimer, também é observada uma disfunção desse sistema.
- A falta de sono traz o caos ao processo de troca de informações entre o hipocampo, que é vital para a memória e outras áreas do cérebro.
- Em um estudo realizado em camundongos, notou-se que as memórias associadas ao perigo foram enfraquecidas durante o sono, e isso indica novas perspectivas no tratamento do transtorno de estresse pós-traumático.
"Dados os resultados desses estudos, é difícil subestimar a importância de uma boa noite de sono", disse Clifford Saper, da Harvard Medical School, especialista em sono. "Pesquisas sobre processos de imageamento cerebral e pesquisas comportamentais ajudam a identificar áreas do cérebro que estão bloqueadas ou deformadas devido à falta de sono, assim como implicações para a memória, o aprendizado e a saúde mental".
